sexta-feira, 13 de julho de 2018

Mandamentos, 1 - mais

Os Mandamentos

1. Quais as duas grandes mensagens da Bíblia?

     A Lei e o Evangelho são as duas grandes mensagens da Bíblia. A Lei é a santa vontade de Deus, na qual ele nos diz como devemos ser: santos, o que devemos fazer e deixar de fazer. O Evangelho é a Boa Nova de que Jesus é o nosso Salvador; a Lei nos mostra nossos pecados e nos condena; o Evangelho nos mostra nosso Salva­dor e nos dá vida.
Lv 19.2; Jo 3.16; Rm 1.16

2. Como a lei nos guia?

     Os mandamentos estão registrados pela, primeira vez, no livro de Êxodo, capítulo 20. Mas são repetidos outras vezes na Bíblia, inclusive por Jesus, no tempo já do Novo Testamento.

Primeiro Mandamento:
     Eu sou o Senhor, teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim.

Que significa isto?
     Devemos temer e amar a Deus e confiar nele acima de todas as coi­sas.

     Este é o mais importante dos Mandamentos. Se não seguimos o pri­meiro mandamento, amando a Deus acima de tudo, não podemos cum­prir nenhum dos outros mandamentos.
     Neste mandamento, Deus quer livrar-nos da idolatria, seja externa (grosseira) ou interna (disfarçada). A idolatria externa é a adoração de ídolos de pe­dra, madeira, e adoração a seres humanos e a outros deuses falsos (Mt 4.10).
     A idola­tria interna é a adoração disfarçada e mesmo inconsciente de si mesmo, de marido ou mulher, de objetos ou instrumentos, de pais ou filhos, de dinheiro ou bens, de saúde ou riqueza, de trabalho ou divertimento (Pv 3.5; Ef 5.5).
     Por outro lado, Deus quer nos levar a colocá-lo em primeiro lugar, em nossa vida, e confiar nele acima de todas as coisas, amando a ele de todo o coração (Mt 6.33; Sl 118.8).
Mt 22.37; Is 42.8; Jo 5.22-23; Sl 33.8; Pv 23.26
Segundo Mandamento
     Não tomarás em vão o nome do Senhor, teu Deus, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.

Que significa isto?
     Devemos temer e amar a Deus e, portanto, em seu nome não amaldi­çoar, jurar, praticar a feitiçaria, mentir ou enganar; mas deve­mos invocá-lo em todas as necessidades, orar, louvar e agradecer.

     Um nome tem grande importância. Pelos nossos atos e palavras, nós “fazemos” ou “destruímos” o nosso nome ou de outros. Assim tam­bém, neste mandamento, Deus quer que conservemos o respeito com o seu nome e com ele mesmo, não o associando e usando com coisas pecaminosas como: amaldiçoar, jurar falso, praticar a feitiçaria, mentir, enganar. Mas ele quer que usemos o seu nome de forma jus­ta e digna: jurando de modo lícito, invocando-o nas necessidades, orando, louvando e agradecendo.
     A umbanda (e outras religiões afro), o espiritismo, as su­perstições, as seitas de curas, as expressões mecânicas como “meu Deus!”, “juro por Deus!”, e outras são formas atuais e comuns de transgressão do segundo mandamento.
Êx 20.7; Tg .9-10; Lv 19.12,31; Lv 24.15; Dt 18.10,11; Jr 23.31; Sl 50.15; Sl 103.1; Mt 6.7; 7.7.
Terceiro Mandamento
     Santificarás o dia do descanso.

Que significa isto?
     Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não desprezar a pregação e a sua palavra; mas devemos considerá-la santa, gostar de ouvir e estudar.

     Para os judeus, o dia de descanso era o sábado (que no hebraico significa descanso). Por isso, eles santificavam o sábado.
     Para os cristãos, porém, o dia escolhido para santificar a Deus foi o domingo, porque Jesus ressuscitou neste dia, o primeiro da sema­na; além disso, a lei cerimonial (É bom fazer a diferença entre “leis” na Bíblia. Algumas são leis morais, outras são leis cerimoniais e há ainda as leis civis. As leis cerimoniais, relativas a sacrifícios de animais e outras, foram indicadas aos judeus e eram sinais do que aconteceria com Cristo. Com Jesus, o Senhor sobre tudo e todos, estas leis se tornam desnecessárias. As leis civis, leis dos governos, são leis que os cristãos, por obediência à autoridade, vai cumprir, a menos que vão contra à Palavra de Deus, pois antes importa “obedecer a Deus do que aos homens”. E as leis morais, um resumo delas é o conjunto dos Dez Mandamentos.) do sábado foi abolida (anulada) no Novo Testamento. Há seitas que insistem, sem razão, que este dia de santificação a Deus tem de ser no sábado, segundo o costu­me judaico. Porém, vemos que a ênfase está não no dia ou no des­canso, mas no santificar. Assim, com este mandamento, Deus quer nos levar ao culto de adoração a ele, em um dia especial, consagrado ao louvor, à oração e ao estudo e meditação na sua Palavra.
Cl 3.16,17; At 2.42; Jo 8.47
     O cumprimento deste mandamento não consiste em simplesmente fre­quentar os cultos das igrejas aos domingos. Os verdadeiros adora­dores de Deus o adoram em “espírito e verdade” (Jo 4.24). Por outro lado, os verdadeiros adoradores de Deus querem estar na igreja, a Casa de Deus, para ouvir e estudar sua Palavra — a Bí­blia — e estar em comunhão com seus irmãos na fé. Este mandamento é um alerta às pessoas que insistem em dizer-se cristãos sem fre­quentar a igreja! Hb 10.25

Importante

     Estes três primeiros mandamentos tratam de nosso relacionamento com Deus. A partir do 4º mandamento, veremos diretrizes divinas para o nosso relacionamento com os outros, com o nosso próximo. Até agora, vimos como Deus espera que demonstremos o nosso amor a Ele. Daqui em diante aprenderemos como devemos expressar o nosso amor aos outros, segundo a vontade divina.
Mc 2.27-28; Cl 2.16-17; 1Co 16.2; At 20.7; At 2.42; Jo 8.47; Lc 11.28; Hb 13.17; Gl 6.6; Mc 16.15-16; Lc 10.25-37; Mt 7.12
Quarto Mandamento
     Honrarás a teu pai e a tua mãe, para que vás bem e vivas muito tempo sobre a terra.

Que significa isto?
     Devemos temer e amar a Deus, portanto, não desprezar, nem irritar nossos pais e superiores; mas devemos honrá-los, servi-los, obe­decer-lhes, amá-los e querer-lhes bem.

Que significa honrar?
Quer dizer “dar crédito, estimar, respeitar, acatar”. É isto que Deus espera de nós no trato para com os nossos pais e para com os que exercem autoridades sobre nós nas mais diversas esferas em que vivemos: escola (1Pe 5.5), emprego, igreja (1Tm 5.17; Hb 13.17), lar, Estado. Deus é um Deus de or­dem. Por isso, com este mandamento, ele quer evitar que haja de­sordem na sociedade pelo desprezo às autoridades que foram esta­belecidas por Ele para representá-lo entre os seres humanos. Ef 6.1-4; Rm 13.2.
     Contudo, mesmo que as autoridades sejam representantes de Deus, elas perdem o direito ao nosso respeito, obediência, amor, serviço e honra, quando suas ações são contrárias à Vontade Divina. Ou quando impedem que o Reino de Deus venha. At 5.29.
     Este é o único mandamento que contém uma promessa especial que o reveste de ainda maior importância. Esta promessa é a paz e tran­quilidade na vida e a consequente longevidade. Por isso, quem respeita seus pais e superiores não tem motivo para temer o cas­tigo, mas tem razão para esperar o socorro e auxílio divinos.
Sl 1.1-3; ef 6.1-4; Rm 13.2; 1Pe 2.18-19; At 5.29
Quinto Mandamento
     Não matarás.

Que significa isto?
     Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não causar dano ou mal algum ao nosso próximo em seu corpo; mas devemos ajudar-lhe e favorecê-lo em todas as necessidades corporais.

     Este mandamento protege a vida.
     A Bíblia considera matar:

  1. Matar com as pró­prias mãos (Gn 4.3-15);
  2. Matar por meio de outras pessoas (2Sm 11.14-17);
  3. Matar a si mesmo (suicídio, excesso de trabalho, vícios (1Sm 31.4-5; At 16.27,-28);
  4. Ofender ou ferir ao próximo em seu corpo (Gn 37.31-34);
  5. Odiar a outras pessoas (Mt 5.21-22; 1 Jo 3.15);
  6. Atrapalhar a vida de outra pessoa. Ex.: difamação, fofoca (Gn 37.34,-35).
     Castigos:

  1. Morte física (Gn 9.6);
  2. A pena é executada pelo governo (Rm 13.4) - no Brasil, por Ex. prisão. Em outros países chega a haver a Pena de Morte;
  3. Porém, a vingança pessoal ou coletiva é condenada por Deus (Rm 12.19; Mt 25.42ss).

     Nosso dever:
     Ajudar e favorecer a todos (mesmo inimigos) em todas as necessidades corporais.
Gn 9.6; Rm 12.19-21; Rm 13.4,13; Gn 14.12-16; 1Sm 26; Mt 5.25; Mt .12; 1Co 6.20; Gl 5.13; Lc 23.33-34; Jo 3.15; Ef 4.32

Mandamentos, 2 - mais

Mandamentos - 2

Sexto Mandamento
     Não cometerás adultério.

Que significa isto?
     Devemos temer e amar a Deus e, portanto, viver uma vida casta e decente em palavras e ações, e cada qual ame e honre o seu consorte.

     Para o bem estar da sociedade, além da conservação da ordem (4º mandamento) e também preservação da vida (5º. mandamento), é fun­damental que exista a família e o casamento. E que estejam bem alicerçados e em funcionamento perfeito. Por isso, neste mandamento, em primeira instância Deus proíbe o adultério, isto é, a quebra do vínculo matrimonial nas suas mais diversas formas.
     Jesus explicou este mandamento e ampliou o seu sentido (Mt 5.27-28). Assim, além da separação do casamento, Deus quer evitar neste mandamento que falemos, pensemos ou desejemos coisas impuras, sujas na área sexual.
     O casamento foi instituído por Deus e, como tal, possui a sua bênção. Deus não quer que o casamento seja temporário, mas vita­lício. Para isso é preciso que haja fidelidade matrimonial e verdadeiro amor (É bom lembrar que amor, no contexto bíblico, não é este sentimentalismo que sempre se vê em novelas em que tudo se justifica pelo “amor acabou”. Amor é entrega total, amor é buscar o bem do outro sem esperar nada em troca. Amor sentimental e sexual é importante num casamento, mas o verdadeiro amor vai muito além dele e se traduz em confiança, companheirismo, amizade e muitas outras coisas maravilhosas, que só os casais que já viveram muito tempo juntos podem, de fato, saber o que é.) entre o casal. Assim, o casamento só po­deria ser desfeito por razão de infidelidade sexual ou abandono malicioso.
      Com este mandamento Deus quer induzir-nos a viver vida pura e decente em palavras, pensamentos e ações e também a preservar e conservar em harmonia a família e o casamento.
Mt 19.6,9; 1Co 7.15; Ef 5.3-4; Ef 5.24-25; Mt 5.28; Mt 15.19; Gn 2.18-24; Rm 7.2; 1Co 6.18-20
Sétimo Mandamento
     Não furtarás.

O que significa isto?
     Devemos temer e amar a Deus e, portanto não tirar ao nosso próxi­mo o dinheiro ou os bens, nem nos apoderar deles por meio de mer­cadorias falsificadas ou negócios fraudulentos; mas devemos aju­dá-lo a melhorar e conservar os seus bens e o seu meio de vida.

     Este mandamento protege a propriedade particular. Proíbe o roubo e todas as formas de desonestidade. As maneiras para roubar são:

  1. Ofender ou defraudar a seu irmão (Lv 19.35,36; Jr 22.13; 2 Ts 3.10-12; Mt 15.19; 1 Ts 4.6; Pv 29.24);
  2. Não pagar empréstimo ou cobrar juros altos, como fazem os agiotas (Sl 37.21; Mt 25.27);
  3. No trabalho (2 Ts 3.10-12), não pagar o salário (Jr 22.13);
  4. Nas ofertas — roubar de Deus (1Co 16.2; Ml 3.8-10; 2Co 8.7). Nós recebemos os bens de Deus (1Sm 2.7; 1Co 4.7). Ele é o verdadei­ro proprietário de tudo (Sl 24.1; Ag 2.8).
     A finalidade dos bens materiais podem ser:

  1. Ofertar a Deus (Êx 25.1-2; Pv 3.9; 1Co 16.2; 2Co 8.7);
  2. Para que não preci­semos tomar o que é do outro (Ef 4.28);
  3. Salário do homem por causa de seu trabalho (Ec 5.18).
     Os deveres para com o próximo consiste em assisti-lo e proteger a sua propriedade e ajudá-lo em toda a necessidade.
Gn 13.9; Lv 19.35; Dt 22.1-3; Pv 19.17; Jr 22.13; Mt 5.42; Ef 4.28; Hb 13.16; 2Ts 3.10; Ml 3.8; 1Pe 4.10
Oitavo Mandamento
    Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

O que significa isto?
    Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não mentir com falsida­de, trair, caluniar ou difamar o próximo; mas devemos desculpa-lo, falar bem dele e interpretar tudo da melhor maneira.

     Este mandamento trata de algo pequeno, mas muito poderoso: a lín­gua. Deus quer que nós usemos bem a língua e conservemos a repu­tação (o bom nome) dos outros não mentindo, não caluniando ou falando mal dos outros. Mas, por outro lado, Deus espera de nós neste mandamento que defendamos nosso próximo quando falam mal dele. Deus diz que devemos interpretar tudo da melhor maneira.

Mas, e se meu próximo estiver realmente errado, agindo mal?
     Neste caso, a fofoca jamais é a melhor solução. Jesus nos ensina: “Se teu irmão pecar, vai conversar a sós com ele” (Mt 18.15). Não devemos emitir mau juízo contra os outros. Jesus nos adverte quanto a isto (Lc 6.37-38).
Pv 11.13; Pv 19.5; Pv 31.9; Zc 8.17
Nono Mandamento
     Não cobiçarás a casa do teu próximo.

Que significa isto?
     Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não pretender adquirir, com astúcia, a herança ou casa do próximo, nem nos apoderar dela sob aparência de direito; mas devemos ajudar-lhe e servi-lo para conservá-la.

Décimo Mandamento
     Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem os seus empregados, nem o seu gado, nem coisa alguma que lhe pertença.

Que significa isto?
     Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não apartar, desviar ou aliciar a mulher do próximo, os seus empregados ou o seu gado; mas devemos aconselhá-los para que fiquem e cumpram o seu dever.

     A advertência contra a cobiça é feita de maneira enfática nos mandamentos. Isto porque é a “mãe” de muitos outros pecados.
     Por exemplo: o adúltero que cobiço a mulher do próximo; o ladrão que cobiça os bens do próximo; aquele que desrespeita pais e superio­res porque cobiça suas posições; aquele que abandona a Deus porque cobiça as coisas do mundo.
     Portanto, aqui Deus quer evitar que alimentemos o desejo de pos­suir os bens ou qualidades dos outros para melhorar às custas deles. Ao contrário, ele quer que estejamos contentes e agradeça­mos pelas coisas que temos, fazendo o que estiver ao nosso alcan­ce para conservar e melhorar a vida do próximo.
     Isto não signi­fica que Deus não quer que tentemos melhorar a nossa vida no mundo. Mas que evitemos melhorar às custas dos outros.
     Estes dois mandamentos nos levam de volta ao primeiro mandamento, porque à medida que nos deixamos guiar pela cobiça, não é mais Deus que ocupa o primeiro lugar em nosso coração, mas assim aquilo que estamos cobiçando.
     Devemos sempre nos lembrar das promessas de Deus que dizem: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justi­ça, e todas as outras coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
1Tm 6.10; Sl 37.4

1. Conseguimos cumpri a Lei de Deus como se exige?

     Sem dúvida a resposta é “não”. Por mais que nos esforcemos para fazer o bem, jamais seremos perfeitos como Deus espera que seja­mos. Sendo assim, todos nós estamos sob a maldição da lei de Deus, porque não a cumprimos: “A alma que pecar, esta morrerá” (Ez 18.20).
     Contudo a Lei continua sendo importante para nós, pois ela mostra a perfeita vontade de Deus para o mundo e para nós, seus filhos.

Vídeo de apoio:
https://www.youtube.com/watch?v=OyLu49wBhtY

Mt 5.48; Tg 2.10; Sl 14.3; Rm .20; Rm 6.23

2. Como somos libertos da Lei?

     Deus, em seu amor e misericórdia, enviou seu Filho Jesus Cristo para cumprir a Lei e ser punido em nosso lugar. Assim, aqueles que, pela fé, aceitam este presente de Deus, têm para si o perdão e a libertação da culpa por não obedecer os mandamentos.

Vídeo de apoio:
https://www.youtube.com/watch?v=FK9p9DER9Zc
Gl 3.13; Gl 3.21-22; Rm 5.1; Rm 10.4; Jo 3.16

Deus, Criação - mais

Deus, o Criador

1º Artigo

     Existe Deus?
     Você acredita na teoria do Evolucionismo?
     Há muitas teorias contrárias à existência de um Deus, porém os cristãos confiam e levam à sério o fato e não têm dúvidas. Há fatos que comprovam a existência de Deus: a natureza, a consciência e a própria Bíblia.
Sl 19.1; 14.1; Rm 1.19-20
     O único Deus verdadeiro é o Deus Triúno. Um Deus em três pessoas distintas e separadas: Pai, Filho e Espírito Santo.
Mt 28.19; 3.16,17; Dt 6.4
     Deus tem muitos atributos ou qualidades: é espírito e se manifesta como ser individual. É invisíveleternoimutáveltodo-poderosoonipresenteoniscientesantohonestomisericordiosogracioso, perdoadoramor, etc.
Jo 4.24; Jo 1.18; Sl 90.1-2; 139.1-4; Ml 3.6; Gn 17.1; Mt 19.26; Is 6.3; Dt 32.4; Ex 34.6,7; 1Jo 4.8
     Este Deus fez o mundo. No princípio não havia nada. Nos capítulos 1 e 2 de Gênesis encontramos relatado este fato. Usou a sua palavra para a criação. Colocou o ser humano como coroa da criação.
     Infeliz­mente, existem teorias evolucionistas que desvirtuam esta verdade, mesmo que sejam apenas “teorias”. Eles ensinam que o mundo surgiu por acaso, evoluiu ao longo de milhões de anos, e que o homem evoluiu de uma espécie animal inferior e irracional.
     A pergunta é: Por que hoje não acontece mais isso, especialmente, em se tratando do homem?

Vídeos de apoio:
O que é o ser humano: https://www.youtube.com/watch?v=XaepnCGWBuc Quem é o ser superior: https://www.youtube.com/watch?v=VjewtHOwqp4
Leia Gênesis, capítulos 1 e 2.
     Além de ter nos criado, Deus ainda nos guarda e nos conserva, dando tudo o que precisamos para a vida no mundo: casa, amigo, alimentos, roupas, saúde, emprego, dinheiro, bens, capacidades, etc. Deus faz isto preservando a natureza e a vida, mantendo a ordem no mundo e protegendo-nos do mal. Ele faz isto porque ele nos ama, apesar de nosso pecado e revolta contra ele.
Sl 36.6; Sl 145.15; Rm 8.28
     Os anjos também foram criados por Deus. Todos foram criados bons. Mas alguns caíram e se tornaram maus.
     A função dos anjos bons é louvar a Deus, cumprir suas ordens, e servir e proteger a seus filhos.
     O anjos maus também foram criados santos, mas se desviaram de Deus. Eles se empenham em arrastar os filhos de Deus para o pecado e a condenação. Satanás é um destes anjos que caíram.
Sl 91.11; 1Pe 5.8
     A nossa gratidão a este imenso amor de Deus Pai por nós que, ape­sar de sermos pecadores, ainda nos preserva e mantém no mundo, deve mover a agradecer-lhe, servir-lhe e obedecer-lhe, fazendo sua vontade que encontramos na Bíblia. Este é o mínimo que pode­mos fazer por este Pai tão bondoso.

Pecado - mais

O pecado e suas consequências

      No século 16, o pensador Jean-jacques Rousseau defendeu o se­guinte: “O homem nasce puro e bom; é a sociedade corrupta que o torna mau”. Esta teoria também tem encontrado expoentes na atua­lidade. Dizem: “Basta alterar as condições sociais, e mudará o homem”. Onde, portanto, está a origem do mal? Está na sociedade ou está na pessoa? (Mt 7.18-23).
     Diz a Confissão de Augsburgo, no seu artigo 2:
     “Ensina-me, outrossim, entre nós que depois da queda de Adão todos os homens naturalmente nascidos são concebi­dos e nascidos em pecado, isto é, que desde o ventre materno todos estão plenos de concupiscência e inclina­ção más, e por natureza não podem ter verdadeiro temor de Deus e verdadeira fé em Deus. Também, que essa inata pestilência e pecado hereditário verdadeiramente é pe­cado e condena à eterna ira de Deus a quantos não re­nascem pelo batismo e pelo Espírito Santo”.
     Portanto, está claro que todos os seres humanos são concebidos e nascem em pecado. Já, ao nascerem, mesmo antes de poderem “fazer” o bem ou mal, estão cheios de maus desejos e inclinações. Por isso, não podem chegar por si mesmos diante de Deus. O artigo da Confissão de Augsburgo (acima) menciona que Deus está mostrando a todos o caminho para esca­par das consequências da maldade inata.
     Este artigo aponta para os fatos da obra futura de Cristo. Davi diz: “Eu nasci na iniquidade…” (Sl 51.5). Lutero, tendo como base o texto bíblico hebraico, diz: “Eu cresci de semente pecaminosa no ventre mater­no”. O apóstolo Paulo diz das consequências e soluções para o pecado: O “aguilhão da morte é o pecado” (1 Co 15.56) e o “Salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 6.23).
     A Bíblia define o pecado como “a transgressão da lei” (1Jo 3.4). Por isso, “a pecaminosidade ou não pecaminosidade de algo não é determinada pelo que pensamos ou sentimos a respeito, mas apenas pelo seguinte: concorda ou não com a palavra de Deus?”
     O diabo é a causa externa do pecado. Em nenhum sentido Deus é a causa ou autor do pecado. O diabo, criado bom e santo, não foi tentado ou seduzido por alguém, mas ele mesmo originou uma rebe­lião contra Deus. Por isso, ele peca desde o princípio (1Jo 3.8). Assim como tentou Eva, ainda hoje ele tenta os filhos de Deus a pecarem.
     O coração do ser humano é a causa interna do pecado. Cada pecado que cometemos tem o seu começo no nosso coração.

Vídeo de apoio:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=75zefnZmPmk
Gn 8.21; Mt 15.19; Rm 7.18
     As consequências:
     A. Morte! (Rm 6.23; Gn 2.17; Rm 5.12).
         a. Espiritual
         b. Temporal
         c. Eterna.
Jo 3.16; Sl 51.5; Rm 7.18; Ef 4.22; Gn 8.21; Cl 3.5
     Os pecados que cometemos no dia-a-dia são chamados, então, de pecado atual e podemos definir este pecado assim: “tudo o que se faça, pense, sinta, diga ou queira contrariamente à lei de Deus é pecado atual”.
     Quer saber como o pecado entrou no mundo?
     Leia Gênesis 3

Jesus, 1 - mais

Jesus Cristo, as profecias
do Antigo Testamento confirmadas
no Novo Testamento

     Deus sempre se preocupou com os seres humanos. Formou estes como coroa da criação e colocou no jardim do Édem. Tudo era muito bom, mas não ficou assim. O diabo conseguiu estragar a perfeita criação de Deus. Tentou o ser humano e este, caindo em pecado, estragou a sua perfeita imagem. Passou a estar longe de Deus, perdido.
     Esta situação foi mudada pelo próprio Deus por causa de seu amor e misericórdia pelas suas criaturas. Deus enviou alguém para trazer o ser humano de volta para si. Fez a promessa de enviar o Sal­vador. A promessa foi feita lá na queda de Adão e Eva, e está presente em todo o AT até seu cumprimento em Jesus Cristo.

Vídeo de apoio: https://www.youtube.com/watch?v=XaepnCGWBuc

Agora pegue sua Bíblia e confira por você mesmo:

Promessas de que viria o Salvador Jesus Cristo e o seu cumprimento no Novo Testamento


  • Adão: Primeira promessa. Gn 3.15
  • Patriarcas: Esta promessa é renovada com Abraão, 2000 anos após a criação e, mais tarde, é renovada com Isaque e com Jacó (Gn 28.14; 35.11-12).
  • Moisés: Instituição da Páscoa: Êx 12.27, Hb 11.28; Holocaus­tos: Lv 1.1-9; Expiação: Lv 16 e Hb 9.
  • Nos dos Salmos: Sl 89.3-4; 118.22-26.
    • Suas palavras ao morrer foram preditas: Sl 31.5; Sl 22.1; Lc 23.46.
    • Nenhum osso seria quebrado: Sl 34.20; Jo 19.32-33,36.
    • Jesus tomaria vinagre (ou vinho azedo) e fel: Sl 69.21; Jo 19.28-29.
    • Lançariam sortes das vestes: Sl 22.18; Lc 23.34.
  • Por meio dos profetas:
    • Isaías:
      • Viveu cerca de 800 a.C., mas pelo Espírito Santo, “Viu a glória de Cristo e fa­lou a seu respeito”. Is 6.10; Jo 12.40-41.
      • Profetizou o nascimento virginal: Is 7.14; Mt 1.23.
      • Nasceria da família de Davi; seria filho Unigênito e Todo-Podero­so Deus: Is 9.6-7; Lc 1.32-33.
      • Viveria na Galileia: Is 9.1-2; Lc 1.79.
      • Proclamaria a Salvação do mundo: Is 61.1; Jo 7.22.
      • Seria enviado aos gentios: Is 42.1; Mc 1.11.
      • Entraria triunfalmente em Jerusalém: Is 62.11; Ap 22.12.
      • Seria desprezado, ferido e traspassado: Is 53.3-5; 1Pe 2.24,25.
    • Jeremias:
      • Viveu cerca de 100 anos depois de Isaías. Fala do Renovo do tronco de Davi: Jr 33.14-15.
    • Daniel:- Dn 2.44; Dn 7.13-14; Mt 24.30; Mt 26.64; At 1.7 (Filho do homem). Dn 12.2; Mt 25.46; Jo 5.29 (Ressurreição).
    • Miqueias:
      • O Messias nasceria em Belém;
      • É eterno: Mq 5.2,4; Mt 2.5-6.
    • Zacarias: Zc 9.9; Zc 12.10; Mt 21.4-5.
    • Malaquias:
      • Sua vinda seria anunciada por um mensageiro seme­lhante a Elias: Mt 3.1; Mt 11.10; Ml 4.5; Mt 17.10-13.

Jesus, 2 - mais

Jesus Cristo, Pessoa e Naturezas

1. A Pessoa de Cristo

     Nomes:
     Jesus: Nome pessoal, escolhido por Deus (Mt 1.21). Signi­fica ajudador, salvador. Salvador de todos (1Jo 2.2); único Sal­vador (At 4.12).
     Cristo: Nome oficial do Salvador (Salvador é o mesmo que Messias) e significa Ungido (ser ungido com óleo significava receber um ofício e o dom do Espírito Santo para o ofício). 1Rs 19.16; Hb 1.8-9.
     Cristo foi ungido para ser Profeta, Sumo-Sacerdote e Rei.

2. Naturezas de Cristo

     Há duas naturezas: divina e humana. Cl 2.9.
     Confessamos nossa fé nas duas naturezas de Cristo por meio dos credos[1]. No segundo artigo do Credo Apostólico (a parte que fala de Jesus) temos a seguinte explicação de Lutero: “Creio que Jesus Cristo é verdadeiro Deus... e tam­bém verdadeiro homem…
     Até seu nascimento, Jesus era somen­te Deus. A partir da concepção, passa a ter as duas naturezas e continua assim ainda hoje.
     Cristo, verdadeiro Deus. (1Jo 2.22-23) Quem nega a Cristo não pode ser salvo, pois assim também nega a Deus Pai. Acreditamos ser Jesus verdadeiro Deus pois:

  1. A Bíblia dá nomes divinos a Jesus (Jr 23.6; Jo 20.28);
  2. A Bíblia fala que Jesus tem qualida­des divinas: onisciente — que sabe todas as coisas (Jo 21.17), imutá­vel — nunca muda (Hb 13.8) e c) a Bíblia diz que Jesus fez obras divinas: (1 Jo 1.1-3; Cl 1.16,17), onipotente — preserva tudo (Hb 1.3), perdoador (Mt 9.6), ressuscita os mortos e julga o mundo (Jo 5.21,27); cabe-lhe honra divina e deve ser adorado como Deus (Jo 5.23; Fp 2.9-11). Jesus fez muitas obras que somente Deus pode fazer. Lembre-se de alguns milagres feitos por Jesus. As obras divinas realizadas por Jesus provam que Ele é verdadeiro Deus. A Bíblia, portanto, fala claramente que Jesus é Deus e que por meio dele temos a vida eterna (1Jo 5.20).
     Cristo, verdadeiro Homem. Os judeus nunca negaram que Jesus real­mente fosse homem. Surgiu mais tarde a heresia, chamada de docetismo, que dizia que Jesus apenas parecia um ser humano. Alguns negaram que Jesus tivesse corpo humano; outros negaram alma humana ou vontade humana. Tudo isso é heresia refutada pela Bíblia.
     Jesus tem ancestrais humanos (Rm 9.5). É chamado filho de Davi (Mt 21.9; Jr 23.5). Nasceu de uma mãe humana, da qual recebeu uma natureza humana (Lc 1.35). De sorte que é ser humano real. Tem corpo de carne, sangue e ossos (Lc 24.39; Hb 2.14). Tem alma humana (Mt 26.38), que funcionava como alma humana na aquisição de sabedo­ria (Lc 2.52), na existência de emoções (Jo 11.33; Hb 4.15) e na existência de vontade (Lc 22.42). Jesus a si mesmo se chama filho do homem (Mt 9.6). É chamado homem (1Tm 2.5). Agiu como homem: nasceu, cresceu em conhe­cimentos (Lc 2.7,52), tinha fome (Mt 4.2), dormia (Mc 4.38), sofreu e morreu (Mt 20.18-19; Jo 19.30).
     Portanto, se Cristo não foi homem, os homens não têm salvação, mas precisam ainda pagar os seus pecados. Se Cristo não foi ho­mem, de nada nos valeu seu sacrifício. Um homem pecou; um homem devia pagar. Cristo, homem, pagou. Não podemos compreender como é possível Jesus ser Deus e homem ao mesmo tempo. Também não é necessário que o compreendamos. É necessário crer nisso.

Jesus, 3 - mais

Jesus Cristo, seus Ofícios

Graça Salvadora e Humilhação e Exaltação

Ofícios de Cristo

     Você sabe o que é um pastor? O que ele faz? Você conhece o seu pastor e talvez alguns outros. No tempo do Antigo Testamento, havia pastores que eram chamados profetas e sacerdotes.
     Você também sabe o que é um rei. É a autoridade mais alta de um país, que tenha como sistema de governo a monarquia. O rei governa o seu país. No tempo do AT, havia reis, como por exemplo: Davi, Salo­mão. Ainda hoje existem reis em alguns países.
     Jesus Cristo é Profeta, Sumo Sacerdote e Rei. A sua obra (tra­balho) envolve três ofícios: Profético, Sumo Sacerdotal e Real.

Cristo é nosso profeta

     No AT, havia profetas. Eles ensinavam a palavra de Deus e também contavam o que aconteceria no futuro. Deus mesmo ensinava aos profetas, e estes deveriam ensinar o povo.

Deus
    |--Profetas
             |--Povo

     Dt 18.15: Moisés ensinou estas palavras aos israelitas. Ele lhes contou que Deus enviaria um profeta semelhante a Moisés a quem todo o povo devia ouvir. Este profeta veio. Ele é Jesus Cristo.
     Todas as pessoas precisam ouvir as boas novas que Jesus Cristo sofreu e morreu pelos pecados dos homens e ressuscitou. Quem deseja ser salvo deve crer em Jesus, o Salvador. Estas boas no­tícias devem ser anunciadas aos homens. Quando vivia na terra, Jesus pregou as boas notícias da salvação em todos os lugares por onde andava. Jesus continua sendo o nosso Profeta através do ensino da palavra de Deus.
Mc 6.1,2; Jo 1.18; Lc 4.16-21; Mt 17.5; Mt 28.19; Lc 10.16

Cristo é nosso Sumo Sacerdote

     No AT, havia sacerdotes. Eles ofereciam sacrifícios e ofertas a Deus e oravam pelo povo. Leia na Bíblia Lv 16.23,24.

Deus
    |--Sacerdotes
             |--Povo

     Os sacerdotes eram mediadores ou intermediários entre os homens e Deus. Os sacrifícios do AT eram oferecidos para perdão dos peca­dos pois apontavam para Cristo que viria sacrificar-se pelos pe­cados do mundo. Os sacerdotes eram pecadores, por isso tinham que oferecer sacrifícios tanto pelo povo como por eles próprios. Os sacrifícios feitos pelos sacerdotes tinham que ser feitos sempre de novo.
     Nós não necessitamos mais de sacerdotes que sejam os nossos medi­adores porque Jesus Cristo é o nosso Sumo Sacerdote. Cristo é o nosso Sumo Sacerdote porque cumpriu a Lei por nós, sacrificou-se em nosso lugar e nos defende perante Deus.
     Infelizmente, muitos que se dizem pastores (ou sacerdotes) cristãos, andam por aí ensinando que o povo precisa que eles intercedam em favor de cada um. Não precisa. Cristo é nosso Sacerdote perfeito. Temos sim, pastores que conduzem o culto e outras atividades, que até têm como ofício, orar por todas as pessoas e suas alegrias e tristezas. Mas nós mesmos também podemos falar com Jesus e nossas orações serão ouvidas.
Hb 7.26-27; Jo 1.29; 1Pe 2.24; 1Jo 2.1-2

Cristo é nosso Rei

     Jesus não é um rei igual a outros reis. Ele é o Rei todo-podero­so. Governa com poder todo o mundo; governa e protege a sua Igre­ja, guiando-a ao céu. Há um tríplice reino de Cristo:

  • Reino do Poder: governa o mundo (Mt 28.18);
  • Reino da Graça: governa a Igreja com o Evangelho (Mt 21.5);
  • Reino da Glória: governará os cristãos no céu (2Tm 4.18).

A Graça Salvadora


     A Graça de Deus é necessária a todos os seres humanos porque desde a queda, ninguém pode se salvar pelas boas obras. Perante a lei, depois da queda, todos estão perdidos e condenados para todo o sempre, se não frem alcançados pela Graça Salvadora de Deus. Rm 3.23-24.
     A Graça consiste no fato de que Deus, sem qualquer mérito nosso, é movido a perdoar os pecados e a conceder a sua salvação ao mundo pecador. Esta graça divina foi possível pelo padecimento de Cristo em nosso lugar e a nosso favor e é revelada e oferecida no Evangelho e anunciada a todo o mundo. Esta graça é estendida a todos os homens, isto porque Deus quer salvar a todos.
1Tm 2.3-4; Jo 3.16
     Por que há pessoas que se perdem? A Escritura ensina claramente que:

  • Aqueles que são salvos, o são unicamente pela fé e por graça, sem nenhum mérito de sua parte (Ef 2.8-9);
  • Aqueles que se perdem, são condenados eternamente por sua própria culpa (Mt 23.37).

Humilhação e Exaltação de Cristo


     Humilhação: consistia em que, segundo sua natureza humana, nem sempre e nem completamente usava a sua majestade divina, ou o seu poder (2Co 8.9). Isto ele o fez a fim de realizar a obra da redenção mediante o seu padecimento e morte em nosso lugar. Ele foi o nosso substituto. Os fatos incluídos neste estado são: concepção (Lc 1.35,38); nascimento (Lc 2.7); padecimento (1Pe 3.18; Is 53.4); morte (Is 53.8-9; Lc 23.46); sepultamento (Mt 27.59-60).
     Podemos ilustrar assim o estado de Humilhação:

concebido
   |--nasceu
          |--padeceu
                 |--morreu
                        |--foi sepultado

      Exaltação: consistia em que, segundo a sua natureza humana, se desfez da fraqueza de sua carne para exercer plena e continu­amente os seus atributos divinos (Fp 2.9). Os fatos aqui in­cluídos são: descida ao inferno (Isso mesmo, a descida ao inferno é já do estado de exaltação, pois Jesus desceu ao inferno para a “volta da vitória”. Não foi para sofrer castigo, mas para mostrar sua vitória, assim como os reis voltavam vitoriosos de suas campanhas e desfilavam pela cidade. Assim como times de futebol, depois de conquistar um título, fazem a “volta olímpica”.) (1Pe 3.18-19); ressurreição (Mc 16.6; 1Co 15.14,15,17); ascensão (Lc 24.51; At 1.9); assenta­do à direita do Pai (Ef 1.20-22); a vinda de Cristo para o juízo (Mt 25.31-32).
     Podemos ilustrar assim o estado de Humilhação (veja como um crescendo desde a descida ao inferno):

                               |--volta para juízo
                      |--à direita do Pai
              |--ascensão
     |-- ressurreição
descida ao inferno

Bíblia - mais

Bíblia, Deus se revela

Bíblia, Palavra de Deus

     Com certeza você já viu, conhece ou possui uma Bíblia. Ela leva este nome porque a palavra Bíblia tem um sentido particular que significa: “livros” ou “biblioteca”.
     A Bíblia é um conjunto de muitos livros. Por exemplo: Gênesis, Êxodo, Mateus... Somando todos, temos um total de 66 livros.
     Você tem Bíblia? Não?
     Aqui a Bíblia on-line: https://www.bible.com/pt/bible (esta tem app para celular também: https://www.bible.com/pt/app).
     Há diversos outros, entre eles o Bíblia Plus da SBB (Sociedade Bíblica do Brasil).

Como podemos saber que Deus existe?

     Deus existe? Onde ele está? Como ele é? Estas e outras perguntas já nos ocorreram várias vezes. Com certeza também concluímos que existe alguém superior que coordena todas as coisas e a nós. As­sim, o próprio Universo e a Natureza revelam a existência de um ser superior.
     Deus ainda se revela a nós por meio de nossa própria consciência. Veja por exemplo, os índios e todos os demais povos que não são ainda civilizados. Todos eles adoram a um deus: o sol, a luz, um poste-ídolo, etc. Este conhecimento que temos de Deus, contudo, é muito pequeno. Quem é Deus? Como podemos nos relacionar com ele?
     Para responder estas perguntas Deus usou homens com seus costu­mes, cultura e linguagem. Estes homens, a quem Deus revelou-se mais profundamente, escreveram o livro universalmente conhecido como "Palavra de Deus": A Bíblia. Ela é uma forma de revelação divina que deve ser aceita pela fé (1Co 2.14).

Origem e inspiração da Bíblia

     Diversos foram os escritores, porém um só autor: Deus. O AT (Antigo Testamento) foi escrito por Moi­sés e os profetas em língua hebraica e aramaica; o NT (Novo Tes­tamento) foi escrito pelos santos evangelistas e apóstolos em língua grega.
     A Bíblia não apenas contém a Palavra de Deus, mas é a Palavra de Deus, pois os escritores recebiam de Deus:

  1. O impulso Divino para escrever (quando escrever);
  2. O conteúdo Divino que deviam escrever (o quê escrever):
    1. Algumas coisas por revelação (os mistérios de Deus).
    2. Outras, por observação e experiência pessoal.
    3. Ainda outras por investigação.
    4. E outras na maneira própria de sentir. Os salmos e poesias.
  3. Os escritores tiveram a liberdade de utilizar o seu vocabulário, estilo e modo de expressão, mas o Espírito Santo guiava de forma que tudo o que escreviam era o que Deus queria revelar ao povo.
  4. As Palavras Divinas para escrever. (Como escrever). Inspiração verbal. Palavra por palavra, sendo assim guardados de qualquer erro.
2Tm 3.16; 1Ts 2.13; Hb 4.12. 1Co 2.10. 1Jo 1.1-3 Lc 1.1-3; 2Sm 23.2; 2Pe 1.21
Vídeos de apoio:
O que é a Bíblia, parte 1:
O que é a Bíblia, parte 2:

Por que estudar a Bíblia?

     O objetivo principal da Bíblia é levar seus leitores à fé em Je­sus Cristo, o Filho de Deus. Além disso, a Bíblia deve ser o guia diário de todos aqueles que, pela fé em Cristo, a tem como Palavra de Deus e, portanto, a única regra e norma de fé e vida. É por sua Palavra que Jesus Cristo nos mostra sua vontade, orienta nosso caminhar e nos consola em nossas tristezas . É a Bíblia que nos dá a correta compreensão de Deus e das coisas de Deus. É ela que nos ensina que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo - a Trindade.
Jo 20.31; Sl 119.105
Vídeo de apoio:
Bíblia Sagrada:

A Bíblia do Antigo e Novo Testamento

     A palavra Bíblia significa "um conjunto de livros". Possui duas grandes partes: o Antigo e Novo Testamento. Ela foi escrita em um período que compreende desde 1500 a.C a 100 d.C.
     Antigo Testamento: São 39 livros. O AT é uma longa, e às vezes, complicada relação de fatos referentes a povos e pessoas que viveram há séculos e séculos atrás. Por que, então, não ignorar esta parte da Bíblia e ler apenas aquela outra parte que trata especificamente de Cristo e de sua Obra? Vejamos o que diz Paulo e o próprio Cristo: 1Co 10.1-10; Jo 5.39; Is 53.1-10.
     Os livros do AT são divididos em cinco grupos:
    1. Pentateuco - Gn à Dt (5 livros) - A LEI.
    2. Livros históricos - Js à Et (12 livros).
    3. Livros Poéticos - Jó, Sl, Pv, Ec, Ct (poesias e cânticos).
    4. Profetas Maiores - Is à Dn (5 livros) = mais capítulos;
    5. Profetas Menores - Os à Ml (12 livros) = menos capítulos.
     Novo Testamento: São em número de 27 livros, divididos em três grupos:
    1. Históricos - Os Evangelhos (Mt, Mc, Lc e Jo) e Atos
    2. Doutrina: Epístolas paulinas (Rm a Hb) - 14 livros
    3. Epístolas gerais (Tg a Jd) - 7 livros
    4. Profecia: Apocalipse.
     Uma outra forma de ver a Bíblia é dividir seu ensino em Lei e Evangelho, mas falaremos disto mais adiante.

Formação do Cânone

     Cânon significa vara de medir. Ao se tratar da Bíblia significa aqueles livros que são reconhecidos como autoridade divina. Os 39 livros do AT foram aceitos pela Igreja Apostólica e também aceitos pela Igreja da Reforma — Igreja Lute­rana. Jesus aceitou o cânon do AT (Mt 5.17-19). No século IV, por volta de 325 dC foi aceito o Cânon dos 66 livros, somando-se AT e NT.

Livros Apócrifos (Deuterocanônicos)

     A Igreja Católica aceita, além dos 66 livros, mais sete livros. A Igreja Luterana não os aceita porque: a Bíblia é um conjunto e os livros Apócrifos conflituam com a Bíblia; não são citados por Je­sus e os apóstolos em seus escritos; além disso, estimulam a magia; ensinam o purgatório, negado pela Bíblia em Lc 16.19-31.

Como podemos provar que a Bíblia vem de Deus?

     Se alguém perguntar: “Como você sabe que a Bíblia é a Palavra de Deus e não invenção humana?”
     O que você responde?
     Lembre-se: aceitar a Bíblia e a doutrina da inspiração é questão de fé. Ninguém consegue se convencer disto a não ser pelo poder do Espírito Santo. Ele que dá esta certeza (fé). No entanto, podemos argumentar com algumas colocações que, no mínimo, fazem pensar:
  1. A Bíblia mesmo diz que é Palavra de Deus.
  2. Sua unidade, coerência (cristocêntrica).
  3. O cumprimento das profecias do AT no NT.
  4. O testemunho dos próprios escritores (1Co 2.13; 1Ts 2.13 e 2Pe 1.20).
  5. Ela produz efeito, portanto, é eficaz. Tem poder de transformar quem a segue.
  6. A Bíblia é o livro mais lido e procurado de todo o mundo. Está traduzido para mais de 2.935 idiomas (segundo a Sociedade Bíblica do Brasil). Muitos dedicaram a vida à tradução e distribuição da Bíblia.
  7. A Bíblia é a palavra de Deus porque fala do ser humano com conhecimento. Não omite as fraquezas, o pecado de seus personagens. Descreve a realidade.

Pai-Nosso - mais

Pai Nosso

Como Jesus nos ensina a orar?

Vídeo de apoio:
https://www.youtube.com/watch?v=ab63RQn-XrE

Pai nosso que estás no céu

     Na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensina a chamar Deus de Pai. A palavra "Pai" quer nos mostrar que podemos chegar a Deus com confiança completa.
     Podemos confiar em nosso Pai do Céu, assim como as crianças confiam em seus pais terrenos. A figura do Pai aqui é aquele pai amoroso, cuidador, que daria (e Deus, em Cristo, de fato deu) a vida por seus filhos.
Gl 4.4-7

1ª Petição: “Santificado seja o teu nome”

     O nome de Deus é santificado quando:

    • a palavra de Deus é ensinada clara e puramente;
    • nós, como filhos de Deus, vivemos uma vida santa conforme a palavra.
Jo 17.17; Mt 5.16

     O nome de Deus é profanado quando:

    • Alguém ensina diferente;
    • Alguém vive de modo diverso do que ensina a palavra.

2ª Petição: Venha o teu Reino


     O Reino de Deus vem:

    • No crescimento da igreja cristã (2 Ts 3.1). Nós precisamos trabalhar para que a Igreja de Cristo cresça e este trabalho é realizado por meio de nosso testemunho. Vivendo na Palavra de Deus em boas obras (Mt 9.38; Lc 12.32). Aquele que crê é membro deste Reino. Cristo realizou “Sinais do Reino” (Mt 11.4,5). Hoje, as obras de amor dos filhos do reino (nossas obras) são “sinais do reino” (Jo 13.35; Mt 13.38).
    • Finalmente, pela volta de Cristo, para levar sua Igreja (o conjunto de todos os salvos) para a glória do céu (Ap 22.20).

3ª Petição: Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu


     A vontade* de Deus é feita, entre nós:

    • Quando Deus desfaz e impede todos os planos de maldade e a vontade daqueles que não querem deixar que a vontade de Deus ser feita entre nós. E os que querem impedir a vontade de Deus são o diabo, o mundo e nossa própria natureza pecadora.
    • Quando Deus nos fortalece e mantém firmemente na sua Palavra até o final.
Sl 119.35; 1 Tm 2.4; 1Pe 1.5; 1Jo 2.15-17; Rm 7.18; Fp 1.6; 1 Ts 4.3

É bom destacar que vontade de Deus não tem a ver com “desejo”, como nós muitas vezes usamos. Dizemos: Estou com vontade de comer uma maçã… Significando o “desejo” de comer a maçã. A “Vontade” de Deus é o seu querer de que algo aconteça… É muito mais do que aquilo que seria um desejo.

4ª Petição: O pão nosso de cada dia nos dá hoje

     Pão: inclui todas as bênçãos materiais de que necessitamos para esta vida.
     Nosso: somente aquilo que por justiça Deus nos reservou. E pedimos também para compartilhar com o próximo.
     De cada dia, ... hoje: Nós, a exemplo de Paulo, precisamos aprender a estar satisfeitos com o que temos no presente e agradecidos pelo dia de hoje. Não podemos nos preocupar com o futuro, de tal forma, que prejudique nossa vida hoje e nossa saúde física e espiritual.
     : Tudo o que temos é presente de Deus, concedido a nós por graça e bondade sua. O roubo, engano, fraude são maneiras desonestas de se usurpar o pão de cada dia.
     Por que pedir se os ímpios também recebem?
     Pedir nos ensina a reconhecer que o pão de cada dia é graciosa dádiva de Deus, e nos faz receber o pão de cada dia com o coração agradecido a Deus.
2Ts 3.10-12; 1Tm 2.1; Mt 5.45; Sl 145.15-16

5ª Petição: Perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós também perdoamos aos nossos devedores.

     Aqui pedimos:

    • Que Deus perdoe os nossos pecados por amor de Jesus, que sofreu por eles na cruz. Nem merecemos este perdão, mas Deus concede-o por sua graça.
    • Que Deus nos leve a perdoar também àqueles que pecam contra nós. Assim, manifestamos nossa gratidão a Deus, pelo perdão, perdoando da mesma maneira que nós também somos perdoados.
     Quem não quer perdoar ao seu próximo, não obtém os benefícios do perdão da parte de Deus. Nós, por nós mesmos, não temos forças para perdoar, mas perdoamos com o perdão que Cristo nos dá. Assim, perdoando e perdoados, recebemos o benefício do Perdão de Nosso Salvador.
Lc 18.13; 1Jo 1.7; Lc 15.21; Mt 18.21-22; Mt 5.23-24; 1Tm 2.8; Mc 11.25-26

6ª Petição: E não nos deixes cair em tentação.

     Há duas espécies de tentação:

    • Quando somos tentados para o nosso bem: Nestas, Deus quer nos provar para purifi­car e fortalecer a fé (Exempo: José, no Egito, foi muitas vezes tentados e não pecou).
    • Quando somos tentados para o mal: Nestas, o diabo, o mundo e a nossa natureza humana querem nos enganar e seduzir com crenças falsas, desespero, vícios e todos os tipos de pecado. (Exemplos: Adão e Eva e Judas foram tentados para o mal e caíram).
     Por isso pedimos que:

    • Deus nos proteja das tentações do diabo, do mundo e do nos­so coração pecaminoso.
    • Quando vier a tentação, Deus nos conceda, por sua graça, que possamos resistir firmes na fé.
Jo 5.5-6; Gn 22.1-9; Tg 1.13-14; 1Pe 5.8-9; 2Ts 3.3; 1Co 10.13

7ª Petição: Mas livra-nos do mal.

     Pedimos que:

    • Deus afaste de nós todo o mal (males do corpo e alma, os bens, a honra.
    • Deus nos ajude a aceitar a cruz que temos neste mundo.
    • Deus nos livre de todo o mal, com um fim abençoado, recebendo, na hora final, a vida eterna com Cristo e todos os salvos.
Sl 91.10; Hb 12.6; At 14.22; Fp 1.23; 2Tm 4.18

Conclusão: Pois teu é o reino e o poder e a glória para sempre, amém.

     Teu é o reino: Todas as coisas pertencem a Deus, nosso Rei. Dele devemos esperar socorro.
     Teu é o poder: Somente ele tem o poder de dar-nos o que pedimos.
     Tua é a glória: Só a ele pertence toda a glória, toda a honra e todo o louvor, agora e para sempre por todo o bem que nos fez.
     Amém: Estou certo de que assim será. Tudo o que pedirmos com fé, em nome de Cristo, de acordo com a vontade de Deus, ele nos dará conforme sua boa e graciosa benevolência e no tempo por ele de­terminado.

Oração - mais

A Oração

O que é a oração?

     É um ato de adoração. É uma conversa de coração para coração com Deus. Deve ser dirigida ao verdadeiro Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, pois é o único que pode ouvir e atender nossas orações.
Mt 4.10; Sl 19.4; Sl 65.2
Vídeo de apoio:
https://www.youtube.com/watch?v=_O40m2w13ow

Motivos para orar


  1. Pelo mandamento e promessas divinas;
  2. Pelas nossas próprias necessidades e pelas do próximo;
  3. Gratidão pelas bênçãos recebidas.
Mt 7.7,8; Sl 50.15; 150.6

Vídeo de apoio:
https://www.youtube.com/watch?v=chWsywOpcDQ

O que pedir?

     Bênçãos materiais e espirituais. Podemos pedir tudo que não for contrário à vontade de Deus.
Mt 8.2; Fp 4.6
Vídeo de apoio:
https://www.youtube.com/watch?v=QppBAxEfFAg

Por quem orar


  1. Por nós mesmos.
  2. Pelos outros.
  3. Por nossos inimigos.
  4. Jamais devemos orar pelos mortos.
Sl 50.15; Lc 18.13; 1Tm 2.1; Tg 5.16; Mt 5.44; Hb 9.27; Ec 9.5,6; Ap 14.3; Pv 11.7 5

Quando orar

     A toda hora: pela manhã, à noite, antes das refeições, para reconhecer as bênçãos que estamos recebendo.
1Ts 5.17; Dn 6.10; Sl 55.17; Jo 6.11

Onde orar

     Na família, em particular, na igreja e em toda parte.
1Tm 2.8; Mt 6.6; Lc 11.1; Sl 26.12

Em nome de quem orar?

     Em nome de Cristo, por intermédio de Cristo, pois foi ele quem nos reconciliou com Deus.
Jo 16.23; Mt 21.22; Tg 1.6,7; Hb 4.16

Quando nossa oração não é atendida

     Nossas orações não serão atendidas se:

    1. Se orarmos por coisas tolas ou prejudiciais;
    2. Se damos ordens a Deus;
    3. Se não crermos que nossa oração será ouvida;
    4. Se vivermos em pecado normalmente.
Mt 20.20-23; Tg 1.6,7; Sl 66.18; Mt 6.7

Vídeos de apoio:
https://www.youtube.com/watch?v=B_4ag7furFU
https://www.youtube.com/watch?v=JVrXT5V0ya8

     Oração não é Meio da Graça. Não se preocupe, mais adiante falaremos sobre os “Meios da Graça”. A Oração que Jesus Cristo nos ensinou foi o Pai Nosso.

Vida devocional - mais

Vida Devocional

     O que é vida devocional?
     Como e quando ela se encaixa?
     Estas são perguntas que fazemos com o intuito de esclarecer o conteúdo. “Devoção” significa devotar, adorar… Portanto, uma vida de devo­ção ou adoração. Para tanto, vamos responder algumas perguntas.

Quais são os privilégios e benefícios do culto público?

     É um verdadeiro privilégio vir à presença de Deus para adoração, seja no culto, estudo bíblico, cultos em família, departamento de jovens, mulheres, homens, ou qualquer outro grupo de cristãos de nossa igreja.
     Deus nos admoesta a chegarmos com respeito, quando vamos ao seu encontro; encoraja-nos a nos aproximarmos dele intimamente, para melhor observarmos sua gló­ria, ouvir seu conselho, e louvá-lo com palavras e cânticos.
     Cul­to é também fé em ação. No culto estamos numa grande família. Na realidade, uma das razões básicas porque Deus nos colocou juntos em família e congregações é para que possamos ser unidos, assim como Jesus pede em sua “Oração Sacerdotal” para que sejamos “um” e nos fortalecer e encorajar mutuamente.
Ec 5.1; Sl 26.8; 27.4; 2 Cr 30.8; Lc 10.39-42; Rm 10.17

Estudos Bíblicos, devoções pessoais e em família.

     Os primeiros cristãos nos dão exemplo de zelo pelas Escrituras.
     O tempo que usamos para o estudo bíblico, seja sozinho, em grupo, em família ou na igreja, é um tempo bem empregado. E quando estamos em grupo, crescemos também na comunhão com os irmãos. Passamos a participar da vida uns dos outros, para apoio mútuo.
     Além do Estudo da Bíblia em particular, em casa, sempre faz bem ter momentos de devoção em família.
     O grande pregador Charles Spurgeon disse: “O altar da família é uma das melhores e mais antigas instituições no mundo, e abençoada é a família onde ele existe”.
     Coisa triste é estar sem Deus em casa. É como um navio sem bússola ou leme, jogado numa tempestade. Sugerimos que cada um tenha seu livro de devoções. Recomendo o Cinco Minutos com Jesus, da Hora Luterana. No site da Hora Luterana, também há as devoções diárias em áudio. Que você pode ler e ainda compartilhar com seus amigos e familiares, para compartilhar da Palavra do Senhor com todas as pessoas. Para seu celular há o Mensagem de Esperança e o 5 Minutos com Jesus.
     Para as devoções, também é importante ter um hinário para que se possa aprender cantando a Palavra de Deus.
     Cada família irá se organizar para que haja devoções, mas com a grande quantidade de horários diferentes que temos hoje, cada um deverá escolher a melhor forma. Não existe nenhuma receita pronta. Mas não desista, encontre a sua forma.
     Certamente você se arrependerá de muita coisa em sua vida, mas jamais se arrependerá de dedicar tempo para Deus e levar sua família até ele.
Hb 10.25; At 2.42; 17.11; 20.7,9-12; Cl 3.16; Lc 11.28

Bíblia, a Palavra de Deus - Lição 1

1: Bíblia, a Palavra de Deus

1.1. O que é a Bíblia?

     A palavra “bíblia” vem da língua grega e significa um conjunto de livros.
     Ela é um conjunto de 66 livros, escritos por vários escritores diferentes. No entanto, apesar de ela ter sido escrita por pessoas, Deus é o autor de toda a Escritura Sagrada.
     A Bíblia foi inspirada por Deus, e por isso contém os ensinamentos verdadeiros sobre ele e sobre o mundo. Por causa disso, ela é a única fonte, regra e norma verdadeiras para todos os ensinos da Igreja. Na Bíblia deve se fundamentar tudo aquilo que nós cremos em nossa fé.
     A Bíblia comprova a sua própria inspiração divina, em vários versículos. Confira abaixo.
2Pedro 1.20-21; 2Timóteo 3.16; 1Coríntios 2.13; João 5.39;  1Tessalonicenses 2.13; Hebreus 4.12; João 10.35.

1.2. As divisões da Bíblia

     A Bíblia possui duas grandes divisões: o Antigo e o Novo Testamento. A palavra “Testamento” significa “aliança” ou “acordo”.
     O Antigo Testamento foi escrito (original hebraico/aramaico) por profetas, sacerdotes e reis do povo de Israel, o povo escolhido por Deus. Ele começou a ser escrito por volta de 1.500 anos antes do nascimento de Cristo e foi concluído cerca de 400 anos antes de nossa era cristã.
     Ao todo o Antigo Testamento possui 39 livros. Ele inicia com a história da origem do Universo e do ser humano e depois passa a contar a história do povo de Deus. Em todos os livros há um assunto principal: a promessa de Deus em salvar a humanidade por meio de Jesus Cristo.
     O Novo Testamento foi escrito (original grego) por evangelistas e apóstolos da igreja cristã primitiva. Ele foi escrito durante o primeiro século após o nascimento de Cristo.
     O Novo Testamento possui ao todo 27 livros. O assunto principal de todos eles é o cumprimento da promessa de Deus, isto é, a salvação realizada por Jesus Cristo.

1.3. O propósito da Bíblia

     A Bíblia é a Palavra de Deus dirigida a nós, seres humanos. Ela é o testemunho do amor de Deus, revelado na pessoa e obra de Jesus Cristo. Somente por meio dela podemos saber que estamos salvos por meio da fé. Ela nos mostra a nossa realidade pecadora e a necessidade de crer em Jesus Cristo. Além disso, por meio da Bíblia podemos conhecer a vontade de Deus, isto é, aquilo que Deus deseja para a vida de todos nós. Desse modo, a Bíblia, além de nos mostrar onde está a salvação, ainda nos ensina como devemos viver neste mundo conforme a vontade de Deus.

1.4. Uso da Bíblia

     A Bíblia é a luz que deve iluminar o caminho da igreja e a vida de cada cristão. Ela deve ocupar um lugar especial em nossas vidas, pois Deus nos está falando por meio dela. A Bíblia não deve ser guardada como se fosse um amuleto, pois isto não adianta nada. Pelo contrário, ela deve ser lida, estudada e refletida, para que o cristão possa viver em comunhão com Deus.

Veja também:
1.1. Bíblia, outro auxílio
      1.2. Vídeo: pastor Ismar
      1.3. Vídeo: pastor Vilson, parte 1
      1.4. Vídeo: pastor Vilson, parte 2

[confira o texto completo em ProFé.on 2.2]

Jarbas Hoffimann (@pastorjarbas)
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Congregação Castelo Forte
Nova Venécia, ES

Deus Triúno - Lição 2

2: O nosso De triúno

2.1. A existência de Deus.

     Uma das principais características da humanidade é a adoração de deuses. Durante toda a história da humanidade, povos criaram e adoraram diversos tipos de deuses diferentes. Na verdade, todo ser humano tem o seu deus, apesar de muitos não seguirem nenhuma religião. O ser humano cria deuses e religiões porque no fundo sabe que existe algo superior a ele no universo. Este conhecimento natural é característico de todo ser humano. O ser humano sabe que existe um Deus por causa da existência do universo e do próprio ser humano. Quando apreciamos o universo e toda a sua beleza, o ser humano e todas as suas complexidades, chegamos à conclusão de que existe um Ser Superior que deve ter criado tudo isto. Está claro que, por detrás da criação, existe um Criador, responsável também pela nossa existência. Não é lógico afirmar que o universo surgiu do nada ou do acaso. Portanto, pelas coisas que existem o ser humano sabe que existe um Deus.
     Também pela  consciência nós sabemos que Deus existe. A consciência é aquela voz interior que nos faz questionar a nossa origem e o nosso destino. Além disso, a nossa consciência nos diz que algum dia nós iremos prestar contas daquilo que fizemos em nossas vidas. Esta consciência nos alerta sobre a existência de Deus e nos faz procurar este Deus.
     Este conhecimento natural de Deus, pela criação e pela consciência, entretanto, é imperfeito e incompleto. Não é possível conhecer a Deus perfeitamente só por ele. Aqui está a origem de milhares de deuses que existem no mundo. O ser humano sabe que existe um Deus, mas não o conhece, e por isso cria o seu deus conforme as suas idéias e desejos.

2.2. O conhecimento revelado de Deus.

     O ser humano não pode conhecer a Deus perfeitamente com as próprias forças. Por isso, graciosamente, o próprio Deus se revelou a nós. Esta revelação se deu na pessoa e obra de Jesus Cristo. Jesus Cristo é o próprio Deus que se tornou homem e veio ao mundo para nos mostrar quem é Deus. Nós, que vivemos no século 21, não vemos Jesus frente à frente, mas temos a Bíblia, que é o testemunho sobre Jesus Cristo. Por meio deste testemunho escrito nós podemos conhecer o verdadeiro Deus. A Bíblia nos diz que há um só Deus; que ele é santo, que ele tudo sabe; que ele tudo pode; que ele está em toda parte . Além disso, ela nos diz que Deus é sábio, justo, bondoso, gracioso, misericordioso e, na sua essência, é AMOR.
1Coríntios 8.4; Levítico 19.2; Salmo 5.4; 139.7-10; 1João 3.20; 4.8; Lucas 1.37
     Também na Bíblia aprendemos que o Deus verdadeiro é o Deus Triúno, que, apesar de ser apenas UM Deus, se revela em três pessoas distintas e diferentes: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O Pai é verdadeiro Deus, o Filho é verda¬deiro Deus e o Espírito Santo é verdadeiro Deus. As três pessoas são iguais em poder e majestade, mas são UM só Deus. O nosso Deus é um Deus muito maravilhoso para podermos entendê-lo com nossa inteligência. Não podemos entender a Trindade, mas a aceitamos e cremos pela fé. A este Deus nós queremos servir.
Mateus 28.19; 2Coríntios 13.13
Veja também:
   2.1. Deus, criador
      2.2. Vídeo: Quem é o ser superior?

Jarbas Hoffimann (@pastorjarbas)
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Congregação Castelo Forte
Nova Venécia, ES
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Deus Pai - Lição 3

3: Deus Pai, o Criador

     No mundo existem muitas hipóteses que tentam explicar a origem do universo e do ser humano. No entanto, todas estas são teorias humanas, e, portanto, falhas e imperfeitas. A Bíblia, porém, não traz nenhuma teoria sobre a origem das coisas. Ela apenas afirma que o Deus Todo-Poderoso criou tudo o que existe e, desse modo, dá a resposta definitiva sobre a origem do universo e do ser humano.

3.1. Deus-Pai criou o universo

Gênesis capítulos 1 e 2.
     Antes do princípio não havia nada, nem tempo nem espaço, nem alguma matéria. Apenas Deus existia, pois ele é infinito e eterno. Deus, portanto, criou o universo do nada. Aquilo que não existia passou a ter existência a partir da criação divina .
     Por sua Palavra poderosa, Deus criou o universo e este passou a existir. Deus criou o universo de um modo ordenado e perfeito. Ao concluir a criação Deus viu que “tudo era bom”, ou seja, tudo era perfeito assim como o Criador o é.
     Por último, Deus criou o ser humano. Este foi criado de um modo especial, a fim de que fosse a “coroa da criação”. A Bíblia mostra que o ser humano foi a principal e mais excelente de toda as criaturas. Deus criou o ser humano conforme a sua imagem e semelhança. Esta semelhança não é física, mas espiritual. O ser humano, diferentemente das outras criaturas, possui uma alma racional. Além disso, ele possui uma consciência moral que lhe diz que há um Deus e que este Deus possui uma lei. Ao homem também foi confiada a administração da criação como administrador das coisas de Deus.
     Criado à semelhança de Deus, o homem não pode viver de modo feliz e verdadeiro longe do seu Criador. Por ser criatura, o ser humano só é completo quando está em comunhão com o seu Criador.
Hebreus 11.3; Salmo 33.6, 9; Gênesis 1.26, 31

3.2. Deus-Pai preserva o universo

     Deus não se retirou após a criação, senão tudo o que foi criado deixaria de existir. O universo está ligado e na dependência de Deus, existindo por causa da providência divina. Deus preserva o universo.
Salmo 36.6; 145.15; Mateus 5.45
     Deus sustenta o mundo e as criaturas pelos próprios meios que existem entre nós. Deus é quem nos dá o sustento, mas nós precisamos trabalhar, usar os meios que Deus nos dá, para consegui-lo. Nós fazemos uso do que encontramos na natureza. Deste modo, toda a criação “trabalha em conjunto”, uns suprindo as necessidades dos outros. Nada no mundo funciona independentemente de Deus. Todos os meios para o nosso sustento, todas as leis da natureza, tudo o que conserva a vida estão sob o poder e o governo de Deus, e dele dependem necessariamente.
Gênesis 1.29; 9.3; Salmo 104.14-15; 145.15-16
     Por isso nós cremos que Deus nos criou e que ele nos dá o sustento diariamente, para que possamos viver neste mundo. Esta fé nos ensina e nos mostra a nossa dependência total de Deus. Desse modo, devemos nos humilhar perante ele e sermos gratos pela sua bondade, pela qual nos sustenta e nos conserva em vida.

Veja também:
   3.1.Vídeo: Quem é o ser superior?

Jarbas Hoffimann (@pastorjarbas)
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10 mandamentos, 1 - Lição 4

4: Os 10 Mandamentos (1 a 3)

     Deus colocou uma consciência no ser humano. Por isso, todo ser humano tem uma vaga noção da lei moral de Deus, o seu Criador. No entanto, por causa do pecado, foi necessário que Deus revelasse a sua Lei de forma escrita para que a humanidade pecadora pudesse conhecer claramente qual a vontade de Deus.  Em Êxodo 20.1-17 nós encontramos os Dez Mandamentos, que contêm as diretrizes divinas para a vida de todos nós.
     Obs.: Os mandamentos, citados nestas duas lições, usam a formulação clássica encontrada no Catecismo Menor de Martinho Lutero, que é a versão mais conhecida desta tradução entre os luteranos, mas você pode conferir com sua própria Bíblia. O Catecismo Menor encontra-se no Livro de Concórdia, bem como em versão separada e pode ser adquirido junto à Editora Concórdia.

4.1. 1º: “Eu sou o Senhor, teu Deus, não terás outros deuses diante de mim.”

     O único Deus verdadeiro é o Deus Triúno, Pai, Filho e Espírito Santo. Somente ele deve ser adorado pelos seres humanos, pois não existe outro Deus. Ele deve ocupar o primeiro lugar em nossas vidas, pois é o nosso Criador. Este Mandamento mostra que nós pecamos quando adoramos outro deus (falso); quando amamos algo ou alguém mais do que a Deus ou quando confiamos mais em nós mesmos ou em outras coisas ou pessoas mais do que em Deus. O primeiro Mandamento é o resumo dos demais. Se pudéssemos cumpri-lo perfeitamente, todos os outros estariam automaticamente sendo cumpridos. Ele nos ensina que o verdadeiro Deus deve ocupar o primeiro lugar em nossas vidas. Precisamos amá-lo, servi-lo e confiar nele de todo o coração.
Mateus 4.10; 10.37; 22.37; Salmo 118.8; 1Timóteo 6.17; Jeremias 17.5

4.2. 2º: “Não Tomarás em vão o nome do Senhor, teu Deus, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão.”

     O nome de Deus é santo e precioso, pois o seu nome diz quem ele é, como é e o que fez por nós. Este mandamento quer proteger o nome de Deus do abuso, mas não proíbe o uso correto do nome de Deus. Tomamos o nome de Deus em vão quando o usamos em uma invocação impensada, quando o usamos para amaldiçoar, jurar falso, para praticar feitiçarias, para mentir ou enganar alguém. Também usamos o nome de Deus em vão quando nos dizemos cristãos mas não vivemos de acordo com a vontade dele. Usamos corretamente o nome de Deus quando o invocamos em nossas necessidades, quando o louvamos com nossos cantos e hinos, quando agradecemos a ele pelas bênçãos recebidas e quando procuramos viver de acordo com a sua Palavra.
Levítico 5.4; Jeremias 23.31; Mateus 7.7; 15.8; Salmo 50.15; 92;  118.1

4.3. 3º: “Santificarás o Dia do Descanso.”

     Deus quer estar em contato contínuo conosco. Por isso, ele quer que tenhamos um dia especialmente dedicado para ouvirmos a pregação da sua Palavra, para recebermos os seus Sacramentos e para rendermos culto em comunhão com os irmãos na fé. Portanto, este Mandamento se refere ao nosso dever de darmos culto a Deus, de ouvirmos e estudarmos a sua Palavra. Por outro lado, é pecado deixar de lado o estudo da Palavra de Deus e a participação nos cultos.
Lucas 11.28; Mateus 12.8; Colossenses 2.16-17; Atos 2.42
     Estes três mandamentos são aqueles que se referem ao nosso relacionamento com Deus. O resumo de-les é  “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mateus 22.37).

Veja mais:
   4.1. 1º ao 5º Mandamento, outro auxílio
      4.2. Vídeo: Regras Religiosas
      4.3. Vídeo: Função da Lei de Deus

Jarbas Hoffimann (@pastorjarbas)
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10 Mandamentos, 2 - Lição 5

5: Os 10 Mandamentos, 2 (4 a 10)

5.1. 4º: “Honrarás a teu pai e a tua mãe, para que vás bem e vivas muito tempo sobre a terra.”

     Honrar significa respeitar e obedecer alguém por causa de sua posição e de sua responsabilidade. É da vontade de Deus, pois, que nós respeitemos os nossos pais e superiores, pois assim estaremos promovendo a paz na família e na sociedade. Para aqueles que procuram cumprir este Mandamento Deus promete bênçãos já nesta vida. Só podemos desobedecer aos nossos pais quando eles nos obrigarem a fazer algo contra a vontade de Deus.
Colossenses 3.20; Romanos 13.1; Atos 5.29

5.2. 5º: “Não matarás.”

     A vida é um presente de Deus. Somente ele tem o direito de tirá-la. Deus não apenas nos proíbe de matar alguém, como também nos ordena que façamos tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar as pessoas a viver. Quando odiamos ou desprezamos alguém, já pecamos contra este mandamento. Quando não ajudamos quando os outros estão em dificuldades, também desobedecemos a este mandamento. É nosso dever como cristãos valorizar a vida de cada ser humano
Mateus 5.21, 43-48; 1João 3.15; Romanos 12.20; Tiago 2.14-17; Gálatas 6.10; Lucas 10.25-37

5.3. 6º: “Não cometerás adultério.”

     Deus criou o homem e a mulher para que casassem e vivessem em família. Também Deus criou o sexo para fazer parte do casamento. O sexo é algo bom, mas que Deus quer seja usado apenas dentro do casamento. Deus também quer que todos, casados e solteiros, vivam uma vida pura e decente, em pensamentos, palavras e atitudes.
Mateus 5.28; 19.6; Efésios 5.25; Colossenses 3.17; Hebreus 13.4

5.4. 7º: “Não furtarás.”

     Por este mandamento, Deus nos ensina a respeitar aquilo que pertence ao nosso próximo. Ele não apenas proíbe o roubo, mas toda e qualquer atitude desonesta que possa prejudicar alguém. Além disso, é nosso dever como cristãos, dentro de nossas possibilidades, ajudar aqueles que têm dificuldades.
Mateus 15.19; Efésios 4.28; Romanos 8.32; 1Timóteo 6.6-8

5.5. 8º: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.”

     Deus quer proteger as pessoas das acusações injustas e falsas. Este mandamento nos ensina a dizer sempre a verdade. Tudo o que é dito e pode causar danos a alguém está incluído neste mandamento, também a fofoca. Pelo contrário, é nosso dever falar bem das pessoas e interpretar tudo da melhor maneira.

5.6. 9º e 10º: “Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem os seus empregados, nem o seu gado, nem coisa alguma que lhe pertença.”

     A cobiça é o desejo insaciável de possuir algo que pertence a uma outra pessoa. A vontade de Deus é que nos sintamos satisfeitos com aquilo que temos, contentando-nos com aquilo que bondosamente ele nos concede para a nossa sobrevivência material.
1Timóteo 6.10; Tiago 1.15; Mateus 16.26; Hebreus 13.5; 1Coríntios 10.24
     Estes sete mandamentos referem-se ao nosso relacionamento com as outras pessoas. Todos eles poderiam ser resumidos neste único: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Mateus 22.36-40
Veja também:
   5.1. 1º ao 5º Mandamento, outro auxílio
   5.2. 6º ao 10º Mandamento, outro auxílio
      5.2. Vídeo: Regras Religiosas
      5.3. Vídeo: Função da Lei de Deus

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Pecado - Lição 6

6: O pecado

     Ao observarmos o mundo em que vivemos, constatamos que ele está cheio de imperfeições, tristezas e males. A grande realidade do nosso mundo atual poderia ser resumida em guerras, miséria e fome, corrupção geral, destruição da natureza, doenças, violência social, crises nas instituições, etc. Apesar de todo o progresso e desenvolvimento tecnológico do ser humano, o nosso mundo continua infeliz e decadente.
     Além de observar o mundo que nos rodeia, também observamos a nós mesmos e nossas vidas. Do mesmo modo, vemos que existe muita imperfeição e muitos erros em nós mesmos e em nossos atos. Egoísmo, ganância, imperfeição, coisas que entristecem, tudo isso são características marcantes em nossas vidas.
     A Bíblia nos diz qual é a causa de todas estas coisas: o pecado.
     O pecado é a tendência maligna que existe no ser humano de desobedecer a vontade de Deus (Gênesis 3). Esta desobediência acontece por meio de pensamentos, palavras e atitudes que vão contra a Lei de Deus. O pecado é a “quebra da Lei de Deus” (1João 3.4). Dessa forma, pecar significa fazer o que Deus não quer ou deixar de fazer o que é da vontade dele, ou ainda  não ser como ele quer que sejamos.
     O pecado é algo tão enraizado dentro de nós que corrompe todo o nosso ser. Dessa forma, pecadores em nossa essência, somos inclinados a viver, pensar e agir sempre e constantemente contra a vontade de Deus. Desde a nossa concepção, isto é, já por natureza, nós somos pecadores e maus.
Mateus 15.19; Romanos 7.18; 8.7-8; Efésios; Salmo 51.5
     Os pecados que cometemos diariamente são conseqüências da pecaminosidade do nosso ser. Por natureza e nascimento somos maus e, portanto, fazemos inúmeras coisas que vão contra a vontade de Deus. Jesus, em Mateus 15.19, nos diz que de nosso coração (nosso ser) procedem todos os tipos de pecado (adultério, cobiça, maus pensamentos, desejos maus, etc.). Também aquilo que nós deixamos de fazer é pecado.
Tiago 4.17
     O pecado é a causa de todos os males que existem no mundo. A maior conseqüência do pecado, entretanto, é a morte. Morte espiritual, morte terrena e morte eterna. A morte espiritual é a separação entre o ser humano e Deus nesta vida. Esta separação é a origem de toda a infelicidade humana. O pecador está “morto para Deus”. Morte terrena é o fim da vida neste mundo. Deus criou o ser humano para a vida, mas por causa do pecado acontecem todos os tipos de males físicos e, por fim, a morte. Morte eterna é a eterna separação entre o ser humano e Deus. Por causa de seu pecado, o ser humano está condenado a viver para sempre longe de Deus, o que significa viver eternamente em infelicidade completa. Não é possível expressar em palavras esta horrível morte.
Romanos 6.23; Efésios 2.1; Hebreus 9.27
     Na próxima lição veremos como Deus, movido pelo seu grande amor pelos seres humanos, resolveu este problema do pecado.

Veja também:
   6.1. Pecado, outro auxílio
      6.2. Vídeo: Diabo
      6.3. Vídeo: Regras Religiosas
      6.4. Vídeo: Função da Lei de Deus
      6.5. Vídeo: Quem é o ser humano?
      6.6. Vídeo: Ofício das Chaves
      6.7. Vídeo: Justificação pela fé, parte 1
      6.8. Vídeo: Justificação pela fé, parte 2

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Deus Filho - Lição 7

7: Deus Filho, o Salvador

     A Palavra de Deus declara que o ser humano é completamente pecador, sem condições de sair deste estado. Além disto, ela declara que Deus é justo e não pode deixar de castigar o pecado. Diante disto, o próprio Deus assumiu a forma humana, na pessoa de seu Filho Jesus Cristo, para libertar a humanidade pecadora.
Romanos 3.23; 1João 1.8; Ezequiel 18.20; Gálatas 4.4-5

7.1. Jesus Cristo: Verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

     Jesus Cristo é verdadeiro Deus, igual em majestade e divindade ao Pai e ao Espírito Santo. Jesus Cristo é também verdadeiro ser humano, verdadeiro homem. Ele é um ser humano como nós, com exceção de não ser pecador. Ele foi concebido milagrosamente pelo Espírito Santo.
Isaías 9.6; Lucas 1.35; Mateus 16.16; 1João 5.20; Hebreus 13.8; João 10.30. 1Tmóteo 2.5; Mateus 9.6; 1Pedro 4.1; Mateus 4.2; Lucas 24.42-43; João 19.28
     Era necessário que Jesus fosse um ser humano para que pudesse pagar, em lugar da humanidade, os pecados de todos os seres humanos. Para satisfazer as exigências de santidade e justiça de Deus, Jesus tornou-se homem. Para redimir o nosso pecado era necessário que alguém santo, justo, sem pecado (Jesus) derramasse o seu sangue na morte.
Hebreus 2.16-17; 9.22; Gálatas 4.4; Romanos 10.4
     No entanto, um simples ser humano não poderia realizar as exigências divinas. Por isso Jesus Cristo é também verdadeiro Deus. Somente o próprio Deus poderia realizar esta obra perfeitamente. A obra de Cristo foi suficiente porque “Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo” (2 Co 5.19).
     A vida terrena de Jesus foi de contínuo sofrimento. Ele carregou todos os pecados da humanidade e a culpa destes pecados foi imputada a ele. O seu sofrimento aumentou no momento da sua crucificação, quando ele sentiu toda a culpa, a agonia e os sofrimentos que estavam destinados à humanidade. A morte de Jesus foi voluntária, pela qual ele pagou toda a culpa dos nossos pecados.
João 1.29; 2Coríntios 5.21
     A partir do sepultamento, Jesus deixou seu estado de humilhação e entrou em seu estado de exaltação. A exaltação de Jesus consiste no uso constante e total de sua majestade divina também em sua natureza humana. Após ter sido sepultado, Jesus desceu ao inferno, ressuscitou da morte, permaneceu quarenta dias com seus discípulos, subiu ao céu e agora está sentado à direita de Deus Pai como o Senhor de todo o Universo. E, no dia do julgamento final, Jesus Cristo irá retornar com toda a sua glória para julgar a humanidade.
1Pedro 3.18, 20; Mateus 28.1-7; Atos 1.9; Marcos 16.19
     Cristo nos libertou da culpa de nossos pecados. Ele pagou em nosso lugar a nossa culpa diante de Deus. Aqueles que, por meio da fé, creem nesta verdade, podem ter a consciência livre da culpa dos seus pecados, pois Deus os aceita por causa de Cristo. Apesar de continuarmos pecadores e ainda sofrermos as consequências do pecado, temos o perdão garantido por Cristo.
2Coríntios 5.19, 21; Isaías 53.4-6; 1João 1.7; João 1.29
Veja também:
   7.1. Jesus, parte 1, outro auxílio
   7.2. Jesus, parte 2, outro auxílio
   7.3. Jesus, parte 3, outro auxílio

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Deus Espírito Santo - Lição 8

8: Deus Espírito Santo, o Santificador

     O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Ele é verdadeiro Deus assim como o Pai e o Filho o são. Sendo verdadeiro Deus, o Espírito Santo é igual ao Pai e ao Filho em todos os atributos e todas as qualidades divinas.
Atos 5.3-4; 1Coríntios 3.16
     O Espírito Santo é distinto do Pai e do Filho, sendo uma pessoa das três que formam a Trindade Divina. Em Jo 14.16, Cristo faz clara distinção entre ele (o Filho), o Pai e o Consolador (o Espírito Santo).
     A Bíblia nos ensina que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho desde a eternidade. Ele procede do Pai e é enviado pelo Filho. Tal verdade bíblica não pode ser entendida ou explicada pela nossa razão. Nós apenas cremos naquilo que a Palavra de Deus ensina.
João 15.26
     É o Espírito Santo quem faz com que o ser humano pecador receba a salvação e o perdão dos seus pecados que Cristo obteve por meio da sua morte e ressurreição. Cristo obteve para todos nós o perdão e, agora, o Espírito Santo age para que todos nós recebamos este benefício. Em outras palavras, o Espírito Santo converte o ser humano, ou seja, faz com que ele se arrependa de seus pecados, confie em Cristo e busque nele o perdão.
     O ser humano não pode crer em Cristo por sua própria razão ou força. O ser humano está completamente preso em sua condição de pecador e, por isso, não tem condições de arrepender-se de seus pecados e crer em Cristo por si próprio.
1Coríntios 2.14
     Somente o Espírito Santo pode fazer com que um ser humano pecador e decaído possa crer em Cristo e, assim, receber o perdão dos seus pecados e a vida eterna. Deus, movido pela sua graça e misericórdia, nos salvou por meio da morte e ressurreição de Cristo. Mas, também, movido por esta graça, Deus nos faz crer no Salvador e receber as bênçãos desta salvação.
Romanos 10.17; 1Coríntios 12.3; Jo 6.44; Filipenses 1.29; 1Coríntios 2.4-5
     O Espírito Santo age, efetua a sua obra, pelos Meios da Graça, que são: a Palavra (a Bíblia), a Santa Ceia e o Batismo.
     Deus Espírito Santo não somente nos faz receber o perdão obtido por Cristo (justificação), como também nos capacita a viver o máximo possível de acordo com a vontade de Deus (santificação).
     A santificação é a renovação do coração do pecador. Esta renovação traz mudanças em toda a vida do crente, pois a partir dela o crente inicia uma vida de luta contra o pecado e contra os maus desejos de sua natureza pecaminosa. A partir da fé em Cristo, o ser humano passa a ser filho de Deus e, por causa disto, é orientado para viver uma vida agradável aos olhos de Deus.
1João 4.19; Romanos 8.5; 2Coríntios 5.17; Gálatas 5.24; Efésios 4.22; 1Pedro 4.2
     Esta mudança no coração proporcionada pela fé em Jesus é manifestada nos atos de amor (boas obras) que surgem na vida do crente. As boas obras são conseqüência da fé em Jesus. Elas não salvam a pessoa de seus pecados. Elas são apenas amostras de que a pessoa já está salva, pois revelam a presença da fé em Jesus Cristo
Filipenses 2.13; Gálatas 2.19-20; 5.22-23; João 15.5; Tiago 2.26
Veja também:
   8.1.Vídeo: Espírito Santo
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