sexta-feira, 13 de julho de 2018

Mandamentos, 2 - mais

Mandamentos - 2

Sexto Mandamento
     Não cometerás adultério.

Que significa isto?
     Devemos temer e amar a Deus e, portanto, viver uma vida casta e decente em palavras e ações, e cada qual ame e honre o seu consorte.

     Para o bem estar da sociedade, além da conservação da ordem (4º mandamento) e também preservação da vida (5º. mandamento), é fun­damental que exista a família e o casamento. E que estejam bem alicerçados e em funcionamento perfeito. Por isso, neste mandamento, em primeira instância Deus proíbe o adultério, isto é, a quebra do vínculo matrimonial nas suas mais diversas formas.
     Jesus explicou este mandamento e ampliou o seu sentido (Mt 5.27-28). Assim, além da separação do casamento, Deus quer evitar neste mandamento que falemos, pensemos ou desejemos coisas impuras, sujas na área sexual.
     O casamento foi instituído por Deus e, como tal, possui a sua bênção. Deus não quer que o casamento seja temporário, mas vita­lício. Para isso é preciso que haja fidelidade matrimonial e verdadeiro amor (É bom lembrar que amor, no contexto bíblico, não é este sentimentalismo que sempre se vê em novelas em que tudo se justifica pelo “amor acabou”. Amor é entrega total, amor é buscar o bem do outro sem esperar nada em troca. Amor sentimental e sexual é importante num casamento, mas o verdadeiro amor vai muito além dele e se traduz em confiança, companheirismo, amizade e muitas outras coisas maravilhosas, que só os casais que já viveram muito tempo juntos podem, de fato, saber o que é.) entre o casal. Assim, o casamento só po­deria ser desfeito por razão de infidelidade sexual ou abandono malicioso.
      Com este mandamento Deus quer induzir-nos a viver vida pura e decente em palavras, pensamentos e ações e também a preservar e conservar em harmonia a família e o casamento.
Mt 19.6,9; 1Co 7.15; Ef 5.3-4; Ef 5.24-25; Mt 5.28; Mt 15.19; Gn 2.18-24; Rm 7.2; 1Co 6.18-20
Sétimo Mandamento
     Não furtarás.

O que significa isto?
     Devemos temer e amar a Deus e, portanto não tirar ao nosso próxi­mo o dinheiro ou os bens, nem nos apoderar deles por meio de mer­cadorias falsificadas ou negócios fraudulentos; mas devemos aju­dá-lo a melhorar e conservar os seus bens e o seu meio de vida.

     Este mandamento protege a propriedade particular. Proíbe o roubo e todas as formas de desonestidade. As maneiras para roubar são:

  1. Ofender ou defraudar a seu irmão (Lv 19.35,36; Jr 22.13; 2 Ts 3.10-12; Mt 15.19; 1 Ts 4.6; Pv 29.24);
  2. Não pagar empréstimo ou cobrar juros altos, como fazem os agiotas (Sl 37.21; Mt 25.27);
  3. No trabalho (2 Ts 3.10-12), não pagar o salário (Jr 22.13);
  4. Nas ofertas — roubar de Deus (1Co 16.2; Ml 3.8-10; 2Co 8.7). Nós recebemos os bens de Deus (1Sm 2.7; 1Co 4.7). Ele é o verdadei­ro proprietário de tudo (Sl 24.1; Ag 2.8).
     A finalidade dos bens materiais podem ser:

  1. Ofertar a Deus (Êx 25.1-2; Pv 3.9; 1Co 16.2; 2Co 8.7);
  2. Para que não preci­semos tomar o que é do outro (Ef 4.28);
  3. Salário do homem por causa de seu trabalho (Ec 5.18).
     Os deveres para com o próximo consiste em assisti-lo e proteger a sua propriedade e ajudá-lo em toda a necessidade.
Gn 13.9; Lv 19.35; Dt 22.1-3; Pv 19.17; Jr 22.13; Mt 5.42; Ef 4.28; Hb 13.16; 2Ts 3.10; Ml 3.8; 1Pe 4.10
Oitavo Mandamento
    Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

O que significa isto?
    Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não mentir com falsida­de, trair, caluniar ou difamar o próximo; mas devemos desculpa-lo, falar bem dele e interpretar tudo da melhor maneira.

     Este mandamento trata de algo pequeno, mas muito poderoso: a lín­gua. Deus quer que nós usemos bem a língua e conservemos a repu­tação (o bom nome) dos outros não mentindo, não caluniando ou falando mal dos outros. Mas, por outro lado, Deus espera de nós neste mandamento que defendamos nosso próximo quando falam mal dele. Deus diz que devemos interpretar tudo da melhor maneira.

Mas, e se meu próximo estiver realmente errado, agindo mal?
     Neste caso, a fofoca jamais é a melhor solução. Jesus nos ensina: “Se teu irmão pecar, vai conversar a sós com ele” (Mt 18.15). Não devemos emitir mau juízo contra os outros. Jesus nos adverte quanto a isto (Lc 6.37-38).
Pv 11.13; Pv 19.5; Pv 31.9; Zc 8.17
Nono Mandamento
     Não cobiçarás a casa do teu próximo.

Que significa isto?
     Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não pretender adquirir, com astúcia, a herança ou casa do próximo, nem nos apoderar dela sob aparência de direito; mas devemos ajudar-lhe e servi-lo para conservá-la.

Décimo Mandamento
     Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem os seus empregados, nem o seu gado, nem coisa alguma que lhe pertença.

Que significa isto?
     Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não apartar, desviar ou aliciar a mulher do próximo, os seus empregados ou o seu gado; mas devemos aconselhá-los para que fiquem e cumpram o seu dever.

     A advertência contra a cobiça é feita de maneira enfática nos mandamentos. Isto porque é a “mãe” de muitos outros pecados.
     Por exemplo: o adúltero que cobiço a mulher do próximo; o ladrão que cobiça os bens do próximo; aquele que desrespeita pais e superio­res porque cobiça suas posições; aquele que abandona a Deus porque cobiça as coisas do mundo.
     Portanto, aqui Deus quer evitar que alimentemos o desejo de pos­suir os bens ou qualidades dos outros para melhorar às custas deles. Ao contrário, ele quer que estejamos contentes e agradeça­mos pelas coisas que temos, fazendo o que estiver ao nosso alcan­ce para conservar e melhorar a vida do próximo.
     Isto não signi­fica que Deus não quer que tentemos melhorar a nossa vida no mundo. Mas que evitemos melhorar às custas dos outros.
     Estes dois mandamentos nos levam de volta ao primeiro mandamento, porque à medida que nos deixamos guiar pela cobiça, não é mais Deus que ocupa o primeiro lugar em nosso coração, mas assim aquilo que estamos cobiçando.
     Devemos sempre nos lembrar das promessas de Deus que dizem: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justi­ça, e todas as outras coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
1Tm 6.10; Sl 37.4

1. Conseguimos cumpri a Lei de Deus como se exige?

     Sem dúvida a resposta é “não”. Por mais que nos esforcemos para fazer o bem, jamais seremos perfeitos como Deus espera que seja­mos. Sendo assim, todos nós estamos sob a maldição da lei de Deus, porque não a cumprimos: “A alma que pecar, esta morrerá” (Ez 18.20).
     Contudo a Lei continua sendo importante para nós, pois ela mostra a perfeita vontade de Deus para o mundo e para nós, seus filhos.

Vídeo de apoio:
https://www.youtube.com/watch?v=OyLu49wBhtY

Mt 5.48; Tg 2.10; Sl 14.3; Rm .20; Rm 6.23

2. Como somos libertos da Lei?

     Deus, em seu amor e misericórdia, enviou seu Filho Jesus Cristo para cumprir a Lei e ser punido em nosso lugar. Assim, aqueles que, pela fé, aceitam este presente de Deus, têm para si o perdão e a libertação da culpa por não obedecer os mandamentos.

Vídeo de apoio:
https://www.youtube.com/watch?v=FK9p9DER9Zc
Gl 3.13; Gl 3.21-22; Rm 5.1; Rm 10.4; Jo 3.16

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